sábado, 29 de junho de 2013

vicio em tristeza

Depois de tanto tempo com esse blog esquecido, eis que me lembro dele.
Incrivelmente acabei por descobrir que este foi visualizado diversas vezes nos últimos 14 meses, mesmo não tendo qualquer postagem considerada interessante, informativa, engraçada, etc. Então me recordo que uma das minhas primeiras postagens aqui foi avisando quem se aventurasse por essas bandas de que esse era apenas um local de desabafo, o que continuará sendo, creio.
Fato é que agora estou realmente com a vida mudada. Tudo aquilo que me fazia tão mal foi largado para trás, mas claro, sem antes ceifar diversas coisas da minha vida. Apesar de tudo, apesar de ainda sentir dor intensa no peito, tristeza sem motivo aparente, de chorar escondida e todo o drama, hoje vejo que o tempo foi extremamente longo para se tomar essa decisão. Infelizmente o arrependimento ficará, ao mesmo tempo que ainda tento acreditar que foi algo bom para meu crescimento pessoal. É o que dizem, o que não te mata, te faz mais forte (interpretando o "engorda" de uma maneira antiquada, uma vez que atualmente o engorda é algo ruim, e no passado, pessoas fofas eram vistas como saudáveis e obviamente mais bem de vida).

Refletindo sobre esses dois anos, penso o porque de tantas pessoas, eu inclusive, se prenderem a situações que as castram moral e psicologicamente, que as destroem, roubam sua felicidade e ainda cospem na sua cara. Porque todo o medo de mudar de situação? Porque ficamos no inferno ao invés de simplesmente dizermos "basta"? A resposta que achei foi: medo.

Mas medo do que, ora pois?
Medo de ficar só, medo da sociedade, medo do que dirão, medo do que poderá acontecer em seguida, medo de se arrepender, enfim, muitos medos, a maioria simplesmente ridículos, mas ainda assim, fortes o suficiente para nos fazer congelar perante a ideia de acabar com uma situação destrutiva.


Há algum tempo li em uma revista sobre pessoas que se "auto-sabotavam", ou seja, pessoas que entravam em situação com a mente já projetando um final triste, e essas pessoas se sentiam mais "confortáveis" de saber que a situação tomou o rumo que elas acreditavam que tomaria, do que ficariam se tivesse tudo dado certo. Mas porque raios alguém faz isso? Porque alguém se sabota? Simples, a tristeza é, sim, viciante.
Digo isso pois me sinto viciada na tristeza. Sem a tristeza, não consigo escrever, ou desenhar, me sinto uma pessoa vazia por pensar em coisas fúteis com alegria infantil, então continuo me forçando a situações que só fazem a minha mente ficar esgotada.
Apesar de a tristeza me trazer alguns "benefícios", ultimamente tenho notado o quanto tenho ficado estagnada por conta disso, não consigo arrumar meu quarto, procurar emprego, me cuidar, nada, e ultimamente nem a vontade de escrever ou desenhar tenho tido, quando penso em pegar papel e lápis/caneta, surge uma fadiga tão intensa, que simplesmente não me movo. Ainda assim, prefiro estar triste do que estar feliz, por mais que tente me enganar dizendo que quero ser feliz. Na verdade, eu realmente quero, só não me vejo assim, uma pessoa feliz de verdade, pois sempre haverá desconfiança, mentira, falsidade, aproveitadores, etc etc etc, ou seja, mesmo que eu tente projetar um futuro feliz, invariavelmente acabo por projetar, junto, pequenos fragmentos de tristezas e brigas, o que é ruim, se você pensar que talvez aquele livro/filme "O Segredo" seja realmente verdade. Então no fim das contas projeto para a minha vida uma felicidade que eu continuo achando que é falsa e continuo projetando a minha desconfiança e a mentira dos outros. Novamente, entra ai o vício na tristeza e na estagnação de pensamento pessimista.

E quando passamos metade dos dias imaginando como seria estar pendurado em uma corda, ou como seria dar um tiro na própria boca, e ai lembramos dos cinco anos de terapia, dos cortes que hoje são apenas cicatrizes, tentamos mudar de pensamento, tentamos ser felizes, tentamos e tentamos, mesmo que o sorriso seja falso, mesmo que o interesse pelas conversas seja falso, mesmo que todas as conversas sejam superficiais por que simplesmente não conseguimos nos ater a nada cem porcento por estarmos ainda mergulhados naquela morbidez lamacenta que nos acompanha em todos os lugares.

E o que fazer quando absolutamente nada, te faz querer continuar aqui?
Abra uma cerveja, beba, fume um cigarro, e tente espairecer. Ou chore, simplesmente chore quando der vontade, não importa se está no onibus ou debaixo das cobertas, só chore.
É somente o que tenho feito... mas a dor no peito e na boca do estomago continuam, e a única solução aparente, seria arrancar ambos com uma faca, ou se jogar numa lança.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Should I cut Medusa's head?


Should I cut Medusa's head and try to don't cry because of it?
I'm on a dilemma.

Painting by Caravaggio

terça-feira, 23 de outubro de 2012

<Okay, so when you go to the movies with you ex/actual and everything is nice, and then he grabs his stuff from your house, and then text you saying that still loves you and that misses you, and then, do not answer your call when you have a problem. Is it a men's thing? Or am I just an idiot?
I'm really sad, completelly lost and alone in a different city, and the one I love, the one who were the reason for me to be here, is not helping me, and just leting me here. I just don't know what to do. I don't have money to go back to Ireland and I really don't want to go back to my mother's house, so, if anything get okay soon, I will be here by myself. What a good thing! ¬¬>

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Lies, lies

Just lies

Life is made of them
and if you don't accept them, you're doomed
'cause everybody will always lie to you
maybe they will tell you the truth, but not totally
just half of it
and someday you'll discover that, even if knew the truth, it wasn't all that you have to know

If I could just dissapear in the air, I'd do it
'cause I'm really sick of all of this.


This is not a informative blog, a nice blog, or anything like this. It's just a little way that I found to say everything that I've tried to say and nobody listened.

Pequeno desabafo sobre amores partidos


Ah, o amor!

Quando se briga com quem se ama, sente-se ódio, tristeza e muita solidão
Sente-se vontade de sumir no ar, quebrar a cara do desgraçado
e ao mesmo tempo
abraçar e rolar de amor
ouvindo juras que poderiam ser verdade
mas dificilmente o são
Infelizmente as pessoas insistem na criação de mundos imaginários, nos quais enfiam
os supostos amores, e os fazem crer que aquilo é real
Muito fácil é para certos machucarem os outros
Muitas vezes isso vem na forma de palavras, ações
Outras em forma de socos e empurrões

Não consigo saber ao certo o que fazer com essa situação
Amar e ser enganado
É melhor do que viver seco e só?
Tenho minhas dúvidas
O que fazer quando se quer algo bonito, carinhoso e sincero
E você crê que alguém te dá isso
E um belo dia, você descobre que tudo aquilo é mentira
MAS
ainda assim você continua, aceita desculpas, entrega o perdão
Novamente fecha os olhos e confia
tua própria vida a alguém tão falho como tu
E então, sempre aquela situação, a situação que faz os vermes saírem pela boca
Que faz o sangue escorrer
As lágrimas molharem o rosto
E a faca invisível que entra, cada vez mais fundo, no peito
Gritando e esganiçando
Tenta livrar-se daquela tristeza, da situação oprimente
Mas quando o tempo passa
volta a vontade do abraço, do sorriso e da falsa felicidade
Quando se tenta crer que nada é real, fica até mais dificil
Para alguns, tão facil é se desvincular
Como se nada tivesse acontecido
Para outros, ah a vida está mudada
Nada nunca será como antes, tudo será cinza
Novamente
Toda a ideia de sorriso, a ideia de familia, de felicidade
Passa a ser uma esperança distante e triste
Fria a lamina da faca é no início
Juntamente com o sangue e o calor das mãos, torna-se quente
Não se pode fingir que não aconteceu, não se pode deixar ceder
Não mais uma vez.